terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O amor, na essência, necessita de apenas três aditivos: correspondência, desejo físico e felicidade.



Amor em estado bruto 
 Martha Medeiros


Tempo, pensamento, libido e energia são solteiros e morrerão assim, mesmo contra nossa vontade.

O que é, o que é? Faz você ter olhos para uma única pessoa, faz você não precisar mais ficar sozinho, faz você querer trocar de sobrenome, faz você querer morar sob o mesmo teto. Errou. Não é amor.

Todo mundo se pergunta o que é o amor. Há quem diga que ele nem existe, que é na verdade uma necessidade supérflua criada por um estupendo planejamento de marketing: desde criança somos condicionados a eleger um príncipe ou uma princesa e com eles viver até que a morte nos separe. Assim, a sociedade se organiza, a economia prospera e o mundo não foge do controle.

O parágrafo anterior responde o primeiro. Não é amor querer fundir uma vida com outra. Isso se chama associação: duas pessoas com metas comuns escolhem viver juntas para executar um projeto único, que quase sempre é o de construir família. Absolutamente legítimo, e o amor pode estar incluído no pacote. Mas não é isso que define o amor.

Seguramente, o amor existe. Mas, por não termos vontade ou capacidade para questionar certas convenções estabelecidas, acreditamos que dar amor a alguém é entregar a essa pessoa nossa vida. Não só nosso eu tangível, mas entregar também nosso tempo, nosso pensamento, nossas fantasias, nossa libido, nossa energia: tudo aquilo que não se pode pegar com as mãos, mas se pode tentar capturar através da possessão.

O amor em estado bruto, o amor 100% puro, o amor desvinculado das regras sociais é o amor mais absoluto e o que maior felicidade deveria proporcionar. Não proporciona porque exigimos que ele venha com certificado de garantia, atestado de bons antecedentes e comprovante de renda e de residência. Queremos um amor ficha-limpa para que possamos contratá-lo para um cargo vitalício. Não nos agrada a ideia de um amor solteiro. Tratamos rapidamente de comprometê-lo, não com o nosso amor, mas com nossas projeções. 

O amor, na essência, necessita de apenas três aditivos: correspondência, desejo físico e felicidade. Se alguém retribui seu sentimento, se o sexo é vigoroso e se ambos se sentem felizes na companhia um do outro, nada mais deveria importar. Por nada, entenda-se: não deveria importar se outro sente atração por outras pessoas, se outro gosta de fazer algumas coisas sozinho, se o outro tem preferências diferentes das suas, se o outro é mais moço ou mais velho, bonito ou feio, se vive em outro país ou no mesmo apartamento e quantas vezes telefona por dia. Tempo, pensamento, fantasia, libido e energia são solteiros e morrerão solteiros, mesmo contra nossa vontade. Não podemos lutar contra a independência das coisas. Aliança de ouro e demais rituais de matrimônio não nos casam. O amor é e sempre será autônomo.

Fácil de escrever, bonito de imaginar, porém dificilmente realizável. Não é assim que estruturamos a sociedade. Amor se captura, se domestica e se guarda em casa. Às vezes forçamos sua estada e quase sempre entregamos a ele os direitos autorais de nossa existência. Quando o perdemos, sofremos. Melhor nem pensar na possibilidade de que poderíamos sofrer menos.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Onde mora o equilíbrio?



Eu sei menos do que deveria, 
sinto com intensidade maior do que o aconselhável, 
sigo menos o racional do que o desejável, 
perdoo mais do que o saudável, 
desejo muito o menos provável, 
derramo lágrimas a mais, 
não consigo odiar e amo demasiadamente. 
Preciso descobrir onde mora o equilíbrio.

Lysia Gouvêa

Paul McCartney - Maybe I'm Amazed (1974 Studio Rehearsal)



domingo, 29 de janeiro de 2012

Paulo Roberto Gaefke


Eu vou lutar mais um pouco


Entre tantas incertezas, eu tenho uma convicção: estou cada dia mais forte!
Vejo isso pelas minhas dúvidas; o número delas aumentou, o que mostra que estou crescendo, um dia elas virarão respostas e certezas.
Lógico que eu gostaria de saber tudo, ou saber mais. Utopia pura, pois a vida é aprendizado diário.
Também é "experiência pessoal" e sem essa vivência, a sabedoria acumulada é como livro fechado, é um repositório de pó na estante.
Maravilhoso é tentar sempre. Aprendendo com nossos tropeços, acertos e erros, insistir um pouco mais em cada situação.
Só mesmo a determinação, cria heróis e vencedores.
Uma nova oportunidade surge a cada dia, mas é preciso estar atento.
Para um novo amor, a disposição para amar. O apego ao passado é a nossa maior barreira.
Um novo tempo precisa de novas idéias e ideais. Coloque o passado no devido lugar, apresente-se para o dia de hoje.
O amanhã é apenas uma consequência da sua determinação agora.
Por tudo o que você já viveu, lute um pouco mais. E por você mesmo, não desista dos seus sonhos.
Ser feliz é uma questão de decisão.
Se já te feriram demais, é hora de limpar os ferimentos e com o curativo do amor e recomeçar nessa estrada linda chamada vida.
Segue confiante, lute um pouco mais.

(Paulo Roberto Gaefke)

E nossos limites não são os mesmos.

A MINHA DOR É DIFERENTE DA SUA




Sabe, tem uma coisa importante que você precisa saber: a minha dor é diferente da sua por vários motivos. Nossos limites não são os mesmos e, quando nos encontramos nele, cada um no "seu" limite, as reações são diferentes. Um fato não afeta você da mesma forma que me afeta, nós somos tocados de formas diferentes pelo mesmo motivo. A sua vida te ensinou a reagir de uma maneira diante de um problema e a minha de outra... Por isso, os remédios e o tempo de cura das feridas são diferentes para cada um. E eu acredito que os únicos remédios que curam realmente são aqueles feitos das lágrimas que derramamos. A lágrima de cada um contém a dor, a cura, a dose e o tempo. Não existem remédios prontos, nem receitas mágicas. Precisamos produzir nossos próprios "remédios", a partir de nossas próprias dores, pra curar nossos próprios males. 

sábado, 28 de janeiro de 2012

Quem nunca agiu por impulso e se arrependeu depois, que atire a primeira pedra!


Arrependeu-se do que fez? Hora de agir feito gente grande! 
Arrependeu-se do que fez? Hora de agir feito gente grande!

Rosana Braga

Quem nunca agiu por impulso e se arrependeu depois, que atire a primeira pedra! A grande maioria das pessoas certamente já fez algo sem pensar e depois, ao cair em si, percebeu que deveria ter agido de modo diferente ou simplesmente não ter feito nada, pelo menos não naquele momento. Portanto, essa sensação de arrependimento certamente não é privilégio de poucos.

No entanto, você também provavelmente conhece aquele grupo de pessoas (e talvez até faça parte dele) que vive afirmando aos quatro cantos nunca ter se arrependido de nada do que fez! Os mais poéticos, inclusive, arriscam completar com "somente do que deixou de fazer".

Respeitando as singularidades e lembrando que não existe um jeito certo e um jeito errado de ser, devo dizer que, particularmente, não acredito que arrepender-se seja ruim ou sinal de falta de personalidade, como este grupo faz parecer. Pelo contrário, penso que denota boa dose de consciência. Demonstra que, se fosse possível, a pessoa teria agido com mais prudência, equilíbrio e coerência.

Bem, mas arrepender-se não basta! É preciso tentar consertar o estrago que você causou. Primeiramente, vale procurar os atingidos e desculpar-se, lembrando que um pedido de desculpa pode ser aceito ou recusado, e você terá de lidar com isso.

E é aí que a situação pode complicar. Quando você magoa ou prejudica alguém que decide não te desculpar, aquele gosto amargo do arrependimento parece teimar em não sair de você. Neste caso, o que fazer?

O fato de você ter deixado claro que se arrependeu é um ótimo começo, mas é, sobretudo, uma baita responsabilidade, porque arrependimento tem de ser sinônimo de aprendizado. Tem de significar que você fará de tudo para não cometer o mesmo erro. Tem de mostrar que você merece uma segunda chance.

De todo modo, ainda assim, o outro pode não conseguir te perdoar. Isso se chama "consequência". Tudo o que fazemos na vida nos rende consequências. Umas boas, outras nem tanto. E ingressamos na vida adulta com méritos justamente quando aprendemos a crescer e nos tornar melhores, especialmente com nossos próprios equívocos.

Enfim, arrependimento não conserta o que foi quebrado, não desfaz o que foi feito e não garante que você seja perdoado. Ainda assim, é possível superar a dor que ele causa. É possível transformá-lo em algo bom. E, acima de tudo, deve ser um convite ao autoperdão! Até porque se você mesmo não se perdoar, terminará empacado numa espécie de buraco, sem conseguir seguir adiante. Sem conseguir crescer.

Por essas e outras, além de se perdoar, que tal -a partir de agora- ser mais tolerante, gentil e compreensivo diante do erro do outro? Estou certa de que todos nós só temos a ganhar!

Alguns exibem uma falsa felicidade para se afirmarem e outros compram esta idéia porque...


Faça as pazes com seus desafios


por Maria Silvia Orlovas 

Você já deve ter lido a frase que diz que a grama do vizinho é sempre mais verde. E já pensou sobre isso? Por que será que olhamos a vida do outro achando que é mais feliz?

Acho que infelizmente pensamentos superficiais tomam conta da maioria das pessoas. Alguns exibem uma falsa felicidade para se afirmarem e outros compram esta idéia porque aceitam a condição de vítimas, já que a vítima precisa afirmar sua condição infeliz.

São aprisionamentos, condições obscuras da mente. Pois pensar que podemos mudar nosso destino, resgatar nossos karmas com alegria dá muito trabalho e, de fato, tenho que concordar que mudar a forma de ver a vida exige esforço no aprendizado. Mas confesso para você, amigo leitor, que não quero mais ficar reclamando da vida, dos políticos, da injustiça da sociedade. Porque já descobri que isso não muda nada.

As pessoas não mudam sua atitude porque as criticamos. Os governos não mudam porque não concordamos. As coisas só mudam quando a gente muda, quando arregaçamos as mangas e trabalhamos com afinco na mudança do nosso pequeno mundo, e se muitas pessoas fizerem essa reforma interior e assumirem para suas vidas essa mudança de postura, com certeza, toda a sociedade sofrerá esse impacto favorável.

Poderia aqui criticar o descaso com a educação, a necessidade de uma mudança na saúde pública e tornar esse artigo um desabafo político, mas de que isso iria adiantar? Talvez algumas pessoas concordassem comigo, mas seria mais uma reclamação vibrando num mundo de pessoas descontentes, mas prefiro focar a minha atenção e chamar você para olhar e refletir sobre o que lhe faz feliz.

Aliás, essa é uma boa pergunta para você fazer para si mesmo: o que lhe faz feliz? O amor de alguém? A atenção que recebe? O carinho? Uma mesa farta? Um local bonito, com boa energia para descansar? Um abraço apertado?
Certamente, somos felizes quando nos sentimos aceitos, amados, respeitados, queridos e para isso precisamos do apoio, da aceitação, do compartilhar com as pessoas. A felicidade nasce em nós, no nosso interior, mas quando vem para fora é para ser trocada, compartilhada com alguém. E não me refiro apenas a um par romântico, apesar dessa troca ser muito boa.

Precisamos do outro de forma geral, do amigo, do irmão, do sorriso do colega. Precisamos do bem do mundo a nossa volta. Precisamos ver e talvez caminhar pela grama do vizinho e se ela estiver muito linda, muito verde, melhor! Porque se ele é nosso vizinho significa que a nossa casa se enfeita com a bela vista. Por isso, faça de uma vez por todas as pazes com seus desafios e os enfrente. Não para uma briga, mas com coragem de analisar o que lhe acontece com o objetivo de mudar, de crescer e de vencer aquilo que limita sua felicidade. E se a felicidade amanhã não será possível porque as coisas estão muito complicadas para você, programe-se para ser mais feliz na próxima semana, no próximo mês, mas não adie muito essa felicidade porque a vida é sua, mas o tempo é de Deus, e só ele sabe o dia em que você não estará mais por aqui, nem para reclamar, nem para ser feliz!

Ainda existem mulheres de verdade...


MULHERES

Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma entrevista dizendo que os homens não querem namorar as mulheres que são símbolos sexuais. É isto mesmo.
Quem ousa namorar a Feiticeira ou a Tiazinha?
As mulheres não são mais para amar; nem para casar. São para "ver".
Que nos prometem elas, com suas formas perfeitas por anabolizantes e silicones?
Prometem-nos um prazer impossível, um orgasmo metafísico, para o qual os homens não estão preparados...
As mulheres dançam frenéticas na TV, com bundas cada vez mais malhadas, com seios imensos, girando em cima de garrafas, enquanto os pênis-espectadores se sentem apavorados e murchos diante de tanta gostosura.
Os machos estão com medo das "mulheres-liquidificador".
O modelo da mulher de hoje, que nossas filhas ou irmãs almejam ser (meu Deus!), é a prostituta transcendental, a mulher-robô, a "Valentina", a "Barbarela", a máquina-de-prazer sem alma, turbinas de amor com um hiperatômico tesão.
Que parceiros estão sendo criados para estas pós-mulheres? Não os há.
Os "malhados", os "turbinados" geralmente são bofes-gay, filhos do mesmo narcisismo de mercado que as criou.
Ou, então, reprodutores como o Zafir, para o Robô-Xuxa.
A atual "revolução da vulgaridade", regada a pagode, parece "libertar" as mulheres.
Ilusão à toa.
A "libertação da mulher" numa sociedade escravista como a nossa deu nisso: Superobjetos. Se achando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor, carinho e dinheiro.
São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades.
Mas, diante delas, o homem normal tem medo.
Elas são "areia demais para qualquer caminhãozinho".
Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os homens.
Eles vivem nervosos e fragilizados com seus pintinhos trêmulos, decadentes, a meia-bomba, ejaculando precocemente, puxando sacos, lambendo botas, engolindo sapos, sem o antigo charme "jamesbondiano" dos anos 60.
Não há mais o grande "conquistador".
Temos apenas os "fazendeiros de bundas" como o Huck, enquanto a maioria virou uma multidão de voyeur, babando por deusas impossíveis.
Ah, que saudades dos tempos das bundinhas e peitinhos "normais" e "disponíveis"...
Pois bem, com certeza a televisão tem criado "sonhos de consumo" descritos tão bem pela língua ferrenha do Jabor (eu).
Mas ainda existem mulheres de verdade.
Mulheres que sabem se valorizar e valorizar o que tem "dentro de casa", o seu trabalho.
E, acima de tudo, mulheres com quem se possa discutir um gosto pela música, pela cultura, pela família, sem medo de parecer um "chato" ou um "cara metido a intelectual".
Mulheres que sabem valorizar uma simples atitude, rara nos homens de hoje, como abrir a porta do carro para elas.
Mulheres que adoram receber cartas, bilhetinhos (ou e-mails) românticos!!
Escutar no som do carro, aquela fitinha velha dos Beegees ou um cd do Kenny G (parece meio breguinha)...mas é tão boooom namorar escutando estas musiquinhas tranquilas!!!
Penso que hoje, num encontro de um "Turbinado" com uma "Saradona" o papo deve ser do tipo:
-"meu"... o meu professor falou que posso disputar o Iron Man que vou ganhar fácil!."
-"Ah "meu"..o meu personal Trainner disse que estou com os glúteos bem em forma e que nunca vou precisar de plástica". E a música???
Só se for o "último sucesso (????)" dos Travessos ou "Chama-chuva..." e o "Vai serginho"???...
Mulheres do meu Brasil Varonil!!! Não deixem que criem estereótipos!!
Não comprem o cinto de modelar da Feiticeira. A mulher brasileira é linda por natureza!!
Curta seu corpo de acordo com sua idade, silicone é coisa de americana que não possui a felicidade de ter um corpo esculpido por Deus e bonito por natureza. E se os seus namorados e maridos pedirem para vocês "malharem" e ficarem iguais à Feiticeira, fiquem... igual a feiticeira dos seriados de Tv:
Façam-os sumirem da sua vida!
Arnaldo Jabor

Deixar o passado passar - Pe. Fábio de Melo - Programa Direção Espiritua...

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Homem e a Mulher



O Homem e a Mulher
Victor Hugo
 
O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
 
Deus fez para o homem um trono.
Para a mulher, um altar.
O trono exalta.
  O altar santifica.
 
O homem é o cérebro; a mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz; o coração produz Amor.
A luz fecunda.
O Amor ressuscita.
 
O homem é forte pela razão.
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence.
As lágrimas comovem.
 
O homem é capaz de todos os heroísmos.
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece.
O martírio sublima.
 
O homem tem a supremacia.
A mulher, a preferência.
A supremacia significa a força.
A preferência representa o direito.
 
O homem é um gênio; a mulher, um anjo.
O gênio é imensurável; o anjo, indefinível.
Contempla-se o infinito.
Admira-se o inefável.
 
A aspiração do homem é a suprema glória.
A aspiração da mulher é a virtude extrema.
A glória faz tudo grande.
A virtude faz tudo divino.
 
O homem é um código.
A mulher, um evangelho.
O código corrige.
O evangelho aperfeiçoa.
 
O homem pensa.
A mulher sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
 
O homem é um oceano.
  A mulher um lago.
O oceano tem a pérola que adorna.
O lago, a poesia que deslumbra.
 
O homem é a águia que voa.
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.
 
O homem é um templo.
A mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos.
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
 
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
  E a mulher onde começa o céu.

É difícil fazer alguém feliz...



Nem tudo é fácil



É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada.
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas…
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o…
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga…
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça…
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o…
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida…Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!

Cecília Meireles

E quem pensa não tem paz...



Não sei quantas almas tenho 



Não sei quantas almas tenho. 
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho. 
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma. 
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê, quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo, torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo 
é do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem; 
Assisto à minha passagem, diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li o que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?" 
Deus sabe, porque o escreveu.

Fernando Pessoa

Legião Urbana - Quando o sol bater... (ao vivo)


"...Até bem pouco tempo atrás,
Poderíamos mudar o mundo,
Quem roubou nossa coragem?
Tudo é dor,
E toda dor vem do desejo,
De não sentimos dor..."

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Vento no Litoral



VENTO NO LITORAL




"...Agimos certo sem querer

Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...
Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem..."

Legião Urbana

Acústico MTV Titãs - Go Back - Sérgio Britto e Torquato Neto - Fito Paez


"...Ya no se encantarán mis ojos en tus ojos,
ya no se endulzará junto a ti mi dolor.

Pero hacia donde vaya llevaré tu mirada
y hacia donde camines llevarás mi dolor.

Fui tuyo, fuiste mía. ¿Qué más? Juntos hicimos
un recodo en la ruta donde el amor pasó.

Fui tuyo, fuiste mía. Tú serás del que te ame,
del que corte en tu huerto lo que he sembrado yo.

Yo me voy. Estoy triste: pero siempre estoy triste.
Vengo desde tus brazos. No sé hacia dónde voy.

...Desde tu corazón me dice adiós un niño.
Y yo le digo adiós." Neruda


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


"FAREWELL"



"...Já não se encantarão meus olhos nos teus,
já não abrandará junto a ti minha dor.
Mas onde quer que vá levarei o teu rosto
e onde quer que vás levarás a minha dor.
Fui teu, foste minha. Que mais? Juntos demos
uma volta no caminho por onde o amor passou.
Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te amar,
do que colher no teu jardim o que eu semeei.
Vou-me embora. Estou triste: estou sempre triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.
Do teu coração diz-me adeus um menino.
E eu digo-lhe adeus."
Pablo Neruda




"Não existe essa coisa de não ter nada a perder."





"(...) não existia essa coisa de não ter nada a perder. O que existia era alguém que arrisca tudo; pois embaixo do nada e do nada e do nada, estamos nós que, por algum motivo, não podemos perder."
 Clarice Lispector

São muitos os céus




"Eu acho que há muitos céus, um céu para cada um. O meu céu não é igual ao seu. Porque céu é o lugar de reencontro com as coisas que a gente ama e o tempo nos roubou. No céu está guardado tudo aquilo que a memória amou..."


Rubem Alves

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012




Eram os meus sentimentos...



"Eram os meus sentimentos,
 minhas dores pendentes de cura,
 minha resistência à mudança,
 minhas crenças equivocadas sobre mim,
 que me atraíam para aqueles cenários.
 Peças encaixadas, descobri que,
 no fim das contas, a roteirista o tempo todo era eu."
 Ana Jácomo


Sou pessoa de dentro pra fora



"Sou pessoa de dentro pra fora. 
Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. 
Acredito em sonhos, não em utopia. 
Mas quando sonho, sonho alto. 
Estou aqui é pra viver, cair, aprender, 
levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje... Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, 
sou mulher com cara de menina... 
E vice-versa. 
Me perco, me procuro e me acho. 
E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar...
Não me dôo pela metade, 
não sou tua meio amiga 
nem teu quase amor. 
Ou sou tudo ou sou nada. 
Não suporto meio termos. 
Sou boba, mas não sou burra. 
Ingênua, mas não santa. 
Sou pessoa de riso fácil...e choro também!"

Tati Bernardi

A peste emocional




A maior contribuição que Wilhelm Reich, - um dos gênios que a existência enviou a este planeta - deu à humanidade, foi a forma brilhante com que ele definiu as raízes da insanidade humana, a qual chamou de "a peste emocional".

Para Reich, ela é o resultado da maneira como, ao longo da história, o ser humano foi se afastando cada vez mais de sua verdadeira natureza, livre, inocente, espontânea. E um dos motivos que mais contribuiu para isto foi a repressão da sexualidade, que passou a ser condenada e vista como algo pecaminoso.

As emoções e impulsos naturais do corpo se reprimidos, acabam por se manifestar como violência, ambição, busca de poder sobre o outro, enfim, pela mais diversas manifestações de inconsciência.

Em seu livro "O Assassinato de Cristo", Reich faz um paralelo entre a perseguição a Jesus, - um ser que era a expressão plena do divino,- e o que acontece cotidianamente com todos os seres humanos, que têm a sua consciência crística reprimida desde muito cedo.

Fazer o caminho de volta e resgatar o divino em nós, libertando-nos do jugo daqueles que ainda vivem sob o domínio da peste emocional, é a única maneira de construímos uma nova humanidade e consolidarmos ainda mais as mudanças que já se encontram em andamento no planeta.

" Muitas pessoas que estão em um estado mental extremamente confuso começam a ajudar outras e começam a propor soluções. Estas pessoas têm criado mais problemas do que os tem resolvido. Elas ainda não resolveram sua própria consciência interna e se acham prontas para se deparar com todo mundo e para resolver os problemas das outras pessoas.

Na verdade, desta maneira estão evitando a sua própria realidade; não querem enfrentá-la. Querem permanecer engajadas em algum outro lugar, com outras pessoas - isto lhes proporciona uma boa ocupação, uma boa distração.

Sim, há problemas, eu concordo. Há grandes problemas. O mundo é um inferno. Na vida encontramos a infelicidade, a pobreza, a violência, todos os tipos de loucuras - isso é verdade - mas, ainda assim, eu insisto que o problema está na alma do indivíduo.

O problema existe porque os indivíduos estão vivendo um caos internamente. O caos total não é nada além de um fenômeno combinado: todos nós derramamos o nosso caos nele.

O mundo não é nada além de um relacionamento; estamos conectados um com o outro. Se eu sou um neurótico e você é um neurótico, então o relacionamento será ainda mais neurótico - a neurose será multiplicada, não apenas duplicada. E todo mundo é neurótico; por isso o mundo é neurótico. Adolf Hitler não surgiu de repente - nós o criamos. O Vietnã não surgiu de repente - nós o criamos. É o nosso pus que supura; é o nosso caos que custa caro.

O início tem de estar com você: você é o "problema do mundo". Portanto, não evite a realidade do seu mundo interior - essa é a primeira coisa.

Você é o problema, e a menos que você seja resolvido, qualquer coisa que faça irá tornar as coisas mais complicadas. Primeiro coloque sua casa em ordem - crie um cosmos lá.

Como você está, quando está interessado nos problemas da humanidade, está interessado nos sintomas. Você pode não concordar, porque não consegue enxergar a raiz, você só enxerga o sintoma. Um Buda está interessado - mas ele sabe onde está a raiz, e se esforça muito para mudar essa raiz.

A pobreza não é a raiz, a raiz é a ambição. A pobreza é o resultado. Você continua lutando contra a pobreza e nada vai acontecer. A raiz é a ambição; a ambição tem de ser extirpada.

A guerra não é o problema; o problema é a agressividade individual - a guerra é apenas a acumulação da agressividade individual. Você continua participando de passeatas de protesto, e a guerra não vai ser detida. Isso não faz nenhuma diferença - suas passeatas de protesto, tudo isso.

O problema não é a guerra. O problema é a agressão que está dentro dos indivíduos. As pessoas não estão em paz consigo mesmas, por isso a guerra tem de existir. do contrário, essas pessoas vão enlouquecer.

A cada década, uma grande guerra é necessária para descarregar a humanidade de suas neuroses. O problema não é a guerra; o problema é a neurose individual.

Aqueles que se tornaram iluminados buscam as causas profundas das coisas. Buda, Cristo, Khrisna, eles examinaram as raízes e tentaram lhe dizer: Mude a raiz - é necessária uma transformação radical; as reformas comuns não vão funcionar.

Mas você pode não entender... você não pode ver a relação, não percebe como a meditação está relacionada com a guerra.

O meu entendimento é o seguinte: se pelo menos um por cento da humanidade se tornar meditativo, as guerras vão desaparecer. E não há outra maneira de pôr fim às guerras. Esse tanto de energia meditativa tem de ser liberado.

Se um por cento da humanidade - isso significa uma entre cem pessoas - se tornar meditativa, as coisas terão de ser totalmente diferentes. A ambição será menor e, naturalmente, a pobreza será menor. A pobreza não está aí porque as coisas são escassas; a pobreza está aí porque as pessoas estão acumulando, porque as pessoas são ambiciosas.

Viver o momento, viver no presente, viver amorosamente, viver em amizade, cuidar... e o mundo será totalmente diferente. O indivíduo tem de mudar, porque o mundo não é nada além de um fenômeno projetado da alma individual". 

OSHO.

Elisabeth Cavalcanti

QUAL O SEU PLANO DE VIDA?


por Maria Silvia Orlovas - morlovas@terra.com.br

Esta semana estava pensando no trabalho que dá arrumar a vida nova, deste ano novo. Porque mudar é uma função, requer fazer ajustes, organizar-se.

É impressionante como a gente se acostuma com a rotina, com as coisas que vivemos. E que muitas vezes não são boas. Mesmo assim, quantas pessoas têm medo de mudar, de romper com um ciclo vicioso e negativo. Ninguém quer coisas ruins, mas poucos enfrentam as complicações de uma mudança de peito aberto. Assim, casamentos falidos se eternizam, empregos infelizes se prolongam, situações de profundo desconforto não terminam. Tudo porque não enfrentamos nossos medos.
Por que agir assim, se nos amamos? Por que ter medo de mudar, de ousar, de viver o novo?

Parece que algumas pessoas querem preservar os sonhos, deixar aquelas coisas lindas que imaginaram para si mesmas guardadas em sua mente, em sua imaginação, criando para si mesmas um mundo tão especial e cheio de desafios que, na fantasia, são enfrentados com coragem, mas que não fazem parte da vida real. Um mundo de avatares, como nos filmes. Mas e a realidade como fica?
Por que ver o nosso dia-a-dia como algo sem graça? Por que não enfrentar o medo de agir, de errar, de mudar?

É assim que passam os anos daqueles que sonham mudar, mas não mudam. É assim que as crianças crescem, que os casamentos se prolongam, que os empregos são empurrados com a barriga, sem alegria, sem sentimento de realização e felicidade. As pessoas que não ousam, não escutam a voz do coração, perdem o contato interior e a autoestima.

Erroneamente, acredita-se que a autoestima é impulsionada por fatores externos, com respostas de felicidade que o mundo orienta, mas isso não é tudo. Autoestima nasce de ouvir a voz do coração e seguir os impulsos da alma. Sabe aquele sentimento que vibra em você dizendo: "não acredite nessa pessoa" "ou siga, diga o que você pensa". Ou ainda: "vá siga em frente, faça esse curso".

Todos nós temos impulso interior e sentimentos que sinalizam coisas boas ou ruins. Mas muitos deixaram de se conectar com esse instinto, e não se ouvem mais.
Observe, já não aconteceu de você se programar para fazer alguma coisa ou se encontrar com alguém e dar uma dor de barriga, ou de entrar num lugar e sentir algo ruim?... Pois bem, precisamos nos permitir ouvir, sentir esses impulsos. Precisamos dar espaço à nossa sensibilidade. Porque essas forças aprisionadas dentro de nós por medo, por necessidade de adequação às demandas do mundo, muitas vezes inibem nossa sensibilidade, e pode se tornar uma grande trava, inclusive, motivo de doenças psicossomáticas que se evoluírem causarão doenças bem sérias. Tudo isso porque nos recusamos a nos ouvir. A alma, então, faz esse grito interior.

Para evitar um mal maior, amigo leitor, ouça seu coração. Porque ainda que o espírito seja eterno, a consciência indissolúvel, a vida na matéria, neste corpo é uma só, e precisamos nos respeitar e aproveitar cada momento para aprender e realizar nossos propósitos.

Se você quer mudar algo na sua vida, mude. Use o bom senso, o amor como filtro de suas atitudes, mas não perca a conexão com sua alma, com sua verdade interior, com as forças maiores que vibram em você. Somente assim, você realizará o plano divino para o seu destino e será mais feliz.


ANINHA E SUAS PEDRAS


Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

Cora Coralina  (Outubro, 1981)

domingo, 22 de janeiro de 2012


O PERDÃO É  O SENTIMENTO MAIS LIBERTADOR


Precisamos parecer um pouco com os outros para compreendê-los, mas precisamos ser um pouco diferentes para amá-los. Paul Géraldy (Poeta e dramaturgo francês) 1885-1983

O perdão é uma ferramenta indispensável para nossa libertação.
Se me perguntarem qual o sentimento mais libertador, eu direi, sem pensar muito, que é o ato de perdoar. O perdão, através do verdadeiro acolhimento e da real compreensão da situação que nos magoou, consegue nos encaminhar para a alforria de qualquer dor, cisão, e nos abre o caminho para a verdadeira inteireza.

Quando me refiro ao ato de perdoar, não é sobre o perdão eclesiástico, por medo de arder no fogo do inferno.
Muito menos referente à submissão de outrem à nossa própria altivez, nos delegando algum poder ou superioridade, como se tivéssemos o poder divino de decisão.
Não estou falando também de empurrar emoções para debaixo do tapete, motivado(a) pela ilusão de que sentimentos reprimidos não representam ameaças.
Falo sobre a compreensão genuína das nossas mágoas, ressentimentos, medos e melindres, para que possamos acolhê-los, compreendê-los e perdoar a nós mesmos e aos outros. Não.
Viver, conviver, compartilhar significam ganhos e perdas nas relações. As pessoas são diferentes, têm suas dificuldades, suas inseguranças, suas carências, e quando isso é colocado em xeque ou em confronto com o outro, o cálice transborda.

Na maioria das vezes sobram ressentimentos, amarguras e uma terrível sensação de decepção e desamparo.
Quem nunca se sentiu assim?
Pois é, mas a vida continua e precisamos estar inteiros e disponíveis para sermos quem em verdade somos. Não podemos carregar uma bagagem pesada e estarmos, ao mesmo tempo, livres e íntegros.
Quando um copo está cheio, uma gota o faz transbordar.
As pessoas são humanas, como nós; erram, acertam; não se pode esquecer que ninguém é igual sempre. O que eu fui ontem, certamente não é mais o que sou hoje.
Os sentimentos mudam, os valores também. Ficarmos atrelados ao passado, seja nosso ou do outro, é estúpido, improdutivo e, o pior, involutivo. Ser tomado pela fúria e por mágoas demanda muita adrenalina, desgaste físico, emocional, mental e energético.

Perdemos muito, em todos os sentidos, com essas emoções.
Precisamos exonerar pensamentos obsessivos que insistem em nos perseguir e se instalar em nosso emocional.
Se estamos lotados de raiva, rancor e anseios de retaliação, contaminamos nosso ambiente, as pessoas, nossos projetos, nossos desejos, e perdemos essa energia fecunda que nos faz prósperos, bem-sucedidos, amados, criativos, generosos e consequentemente inteiros e mais felizes.

“Uma certa vez um velho índio disse: dentro de mim, existem dois cachorros: um deles é cruel e perverso, o outro, generoso e magnânimo.    Os dois estão sempre brigando!   Quando perguntaram qual dos dois cães ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu:
Aquele que eu alimento!”

Para todos nós muita Luz, sempre! 
Wanda Alves