domingo, 5 de fevereiro de 2012

CONTO DE BRUXA

Já fui romântica. Acreditei em príncipe, em princesa, em bruxa. Depois passei a crer nos sapos e, argh, beijei alguns... Quem não beijou pode mandar a primeira pedra, aí! Hoje, não tem pra príncipe, nem sapo, nem rei. Hoje a bruxa sou eu. Eu faço o feitiço e confesso que, talvez por ser início de carreira, às vezes o feitiço se volta contra o feiticeiro. Mas isso é só questão de treino. Ainda vou me tornar uma feiticeira "mor". Daquelas que encantam e desencantam sem a menor preocupação. Daquelas que aprenderam que o foco deve ser você mesmo. Que usam casca de Wiggen, muco de verme, raiz de asfódelo em pó, infusão de losna, hemeróbios, sanguessugas, descurainia sanguinária, pó de chifre de bicórnio e pele de ararambóia picada. Tudo isso e mais um monte de merda inútil pra provar que você não precisa de ninguém mais que você mesmo pra se transformar na pessoa linda e imprescindível que você já é... A fantasia da bruxa é só pra tornar tudo mais interessante! Se liga, pessoa bacana!

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