sexta-feira, 23 de março de 2012

"EU DESISTO" De um monte de coisas...

"EU DESISTO"
É isso mesmo, entreguei os pontos, não dá mais, acabou. 
Essa frase soa com tanta força, não é? 
Mas é verdade, eu desisti mesmo. 
De um monte de coisas. 
Desisti de reclamar de quem não quer aprender. 
Decidi me concentrar em quem quer... 
E se você olhar bem direitinho, 
perto de você tem um monte de gente sedenta de conhecimento. 
Desisti de tentar emagrecer para ser igual a todo mundo. 
Resolvi ter o peso que eu devo ter, 
por uma questão de saúde, por uma questão de bem estar. 
Só isso. 
Desisti de tentar fazer com que as pessoas pensem 
do jeito que eu gostaria que elas pensassem. 
Achei melhor buscar respeitar o outro do jeito que ele é. 
Imagina se o mundo fosse feito de milhões de pessoas iguais a mim... 
Ah, isso ia ser um tormento! 
Desisti de procurar um emprego perfeito e apaixonante. 
Achei que estava na hora de me apaixonar pelo meu trabalho 
e fazer dele o acontecimento mais incrível da minha vida, enquanto ele durar. 
Desisti de procurar defeito nas pessoas. 
Achei que estava na hora de colocar um filtro 
e só ver o que as pessoas têm de melhor. 
Defeito todo mundo acha, 
quero ver achar qualidades em quem parece não tê-las. 
Desisti de ter o celular mais “psico-tecno-cibernético” do mercado. 
Agora eu só quero um telefone, pra falar. 
É muito frustrante comprar o mais novo modelo 
e dias depois ver que ele já foi superado.
 É pra isso que a indústria trabalha. 
Aproveitei o gancho e apliquei o conceito também a outros produtos: 
relógio, computador, máquina fotográfica, carro. 
Desisti de impor minha opinião sobre tudo. 
Decidi que de agora em diante vou ouvir todas as opiniões, 
mesmo as contrárias, e vou tentar tirar proveito de cada uma delas. 
É mais barato compartilhar as opiniões do que brigar pra manter só uma. 
Desisti de ter tanta pressa. 
Tudo na vida tem seu tempo, 
e se não acontecer, não era pra acontecer. 
Não quer dizer que eu vou “deixar a vida me levar” 
e parar de correr atrás do que eu acredito, 
mas não vou me desesperar se eu perder o vôo. 
Sei lá o que vai acontecer com o avião... 
Desisti de correr da chuva. 
Tem coisa mais bacana que tomar banho de chuva? 
Há quanto tempo você não sente aquele cheiro de terra molhada? 
E se o resfriado chegar, qual o problema? 
Não vai ser o primeiro nem o último. 
Desisti de estudar por obrigação. 
Agora eu faço da leitura um momento de prazer... 
Cadeira confortável, pezão pra cima,
 um chocolate quente, minha gata ronronando do lado.
Os livros agora ficaram menores e mais fáceis, 
mesmo que seja a CLT ou a NBR 9004. 
Desisti de buscar uma planilha de indicadores toda verdinha. 
Os índices são assim mesmo, às vezes melhoram, 
às vezes pioram. Isso é o mundo real. 
Eu não vou deixar de fazer a gestão sobre eles, 
mas decidi que não vou mais sofrer por isso. 
Bons ou ruins eles devem gerar aprendizado 
e isso é o mais importante. 
Desisti de trabalhar para fazer o meu sistema da qualidade ser perfeito. 
Eu prefiro mantê-lo sob controle, 
funcionando, ajudando as pessoas, ajudando os processos, 
dando resultados, mesmo que aos poucos. 
Com essa filosofia eu ganhei um monte de parceiros, 
ao invés de cultivar inimigos. 
Se eu fosse você, desistia também... 
Tem um monte de coisas que você faz, 
carrega e sente, que não precisa. 
Pense nisso!!!
Thais Cadorim

domingo, 18 de março de 2012

“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim:


“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma ideia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.

Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”
Clarice Lispector

sábado, 17 de março de 2012

"Por mais que todas as terapias do mundo, todas as auto-ajudas do universo e todos os amigos experientes do planeta me digam que preciso definitivamente não precisar de você, minha alma...

 Minha alma grita  

"Por mais que todas as terapias do mundo, todas as auto-ajudas do universo e todos os amigos experientes do planeta me digam que preciso definitivamente não precisar de você, minha alma grita aqui dentro que, por mais feliz que eu seja, a festa é sempre pela metade.

É você quem eu sempre busco com minha gargalhada alta, com a minha perdição humana em festejar porque é preciso festejar, com a minha solidão cansada de se enganar!"

Tati Bernardi

sexta-feira, 16 de março de 2012

"A primeira lição está dada: o amor é onipresente...





"A primeira lição está dada: o amor é onipresente.
Agora a segunda: mas é imprevisível.
Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados.
Ou receber flores logo após a primeira transa.
O amor odeia clichês.
Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza.
Idealizar é sofrer. Amar é surpreender."
Martha Medeiros

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em ...



Minimamente Feliz 
A felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas 
e os filmes de Hollywood, 
não é um estado mágico e duradouro.
Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, 
distribuída em conta-gotas.
Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, 
um livro que a gente não consegue fechar.
São situações e momentos que vamos empilhando 
com o cuidado e a delicadeza que merecem,
 alegrias de pequeno e médio porte 
e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.
'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', 
Sou adepto da felicidade homeopática.
Tenho consciência de que são momentos de felicidade 
e vivo cada segundo.
Alguns crescem esperando a felicidade 
com maiúsculas e na primeira pessoa do plural.
Dá pra ser feliz no singular.
Podemos viver momentos ótimos 
mesmo não estando acompanhados 
e não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes. 
E faz parte da minha 'dieta de felicidade' 
o uso moderadíssimo da palavra 'quando'.
Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 
quando eu tiver um emprego fabuloso'...
Tudo isso serve apenas para nos distrair 
e nos fazer esquecer da felicidade de hoje.
Como tantos já disseram tantas vezes, 
aproveite o momento.
E quem for ruim de contas 
recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.
Podem até dizer que nos falta ambição, 
que essa soma de pequenas alegrias 
é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos.
Que digam.
Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia 
do que viver eternamente em compasso de espera.
Leila Ferreira

quarta-feira, 14 de março de 2012

"Acalma-te, ama, perdoa, renuncia, medita e guarda silêncio...


"Se te contentas com os frutos ainda verdes,
toma-os, leva-os, quantos quiseres.
Se o que desejas, no entanto, são os mais saborosos,
maduros, bonitos e suculentos,
deverás ter paciência.
Senta-te sem ansiedades.
Acalma-te, ama, perdoa, renuncia, medita e guarda silêncio.
Aguarda.
Os frutos vão amadurecer."
Prof. Hermógenes

"Algumas pessoas se destacam para nós. Não há argumento capaz de nos fazer entender exatamente ..

Sintonia


"Algumas pessoas se destacam para nós. Não há argumento capaz de nos fazer entender exatamente como isso acontece. Porque dançam conosco com mais leveza nessa coreografia bela, e tantas vezes atrapalhada, dos encontros humanos. Muitas vezes tentamos explicar, em vão, a medida do nosso bem querer."
Ana Jácomo

domingo, 11 de março de 2012

Aprenda com o passado


"Aprenda com o passado. Ele é uma boa referência para ver o que deve ser feito para recomeçar melhor. Crie boas expectativas e não desista de você. Não dê espaço ao desânimo, muito menos a quem duvida da sua capacidade. Duvide de quem duvida de você e prossiga! Você tem todo o tempo do mundo, mas sem desperdício!" 
Desconheço o autor

quinta-feira, 8 de março de 2012

Rifa-se um coração quase novo...


Rifa-se um coração


"Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconsequente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
isso é que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional 
que abre sorrisos tão largos que quase dá 
pra engolir as orelhas, mas que 
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e, 
se recusa a envelhecer" 
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconsequente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta."
Desconheço o autor

quarta-feira, 7 de março de 2012

Apesar de tudo...


“Apesar de todos os medos, escolho a ousadia.
Apesar dos ferros, construo a dura liberdade. 
Prefiro a loucura à realidade, 
e um par de asas tortas 
aos limites da comprovação e da segurança.
Eu sou assim."
Lya Luft

terça-feira, 6 de março de 2012

Sina


Sou dessa leva de gente que tem como sina ver demais. Sentir demais. Amar quase do tamanho do amor. Traço de nascença, uma estranha dádiva que, durante temporadas, pra facilitar a própria vida, egoísmo que seja, a gente tenta disfarçar de tudo que é maneira que aprende. Mas não tem jeito, nunca terá. Nascer assim é irremediável. O que é preciso é desaprender o medo.
Ana Jácomo

domingo, 4 de março de 2012

Há mulheres de todos os gêneros.


Grandes e pequenas mulheres

Há mulheres de todos os gêneros. Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais. Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito. Mas se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.

Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Meia-verdade. Ele pode ser grande estando sozinho também. Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.

Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que o apóia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.

Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.

Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.

Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco pra assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.

Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor.

Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.

Se por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulher pequena.

quinta-feira, 1 de março de 2012

De vento em vento


"O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma."
Ana Jacomo