sexta-feira, 16 de março de 2012

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em ...



Minimamente Feliz 
A felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas 
e os filmes de Hollywood, 
não é um estado mágico e duradouro.
Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, 
distribuída em conta-gotas.
Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, 
um livro que a gente não consegue fechar.
São situações e momentos que vamos empilhando 
com o cuidado e a delicadeza que merecem,
 alegrias de pequeno e médio porte 
e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.
'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', 
Sou adepto da felicidade homeopática.
Tenho consciência de que são momentos de felicidade 
e vivo cada segundo.
Alguns crescem esperando a felicidade 
com maiúsculas e na primeira pessoa do plural.
Dá pra ser feliz no singular.
Podemos viver momentos ótimos 
mesmo não estando acompanhados 
e não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes. 
E faz parte da minha 'dieta de felicidade' 
o uso moderadíssimo da palavra 'quando'.
Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 
quando eu tiver um emprego fabuloso'...
Tudo isso serve apenas para nos distrair 
e nos fazer esquecer da felicidade de hoje.
Como tantos já disseram tantas vezes, 
aproveite o momento.
E quem for ruim de contas 
recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.
Podem até dizer que nos falta ambição, 
que essa soma de pequenas alegrias 
é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos.
Que digam.
Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia 
do que viver eternamente em compasso de espera.
Leila Ferreira

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